AGÊNCIA ANSA
Quito – A revista equatoriana Vanguardia entrou com uma ação na Justiça contra o presidente do país, Rafael Correa, cobrando US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,1 milhão) por danos morais.
De acordo com a denúncia apresentada pelo advogado Francisco Vivanco, Correa teria cometido a infração ao acusar o veículo de não cumprir com as obrigações trabalhistas, referindo-se à apreensão de computadores e outros equipamentos da redação no último dia 31 de julho, pelo Ministério das Relações Trabalhistas.
“O dano moral que Correa ocasionou à empresa, com base em falsos argumentos e insultos públicos, são de enormes proporções”, disse Vivanco na denúncia, exigindo que o mandatário se desculpasse.
No dia 31 de julho, membros do Ministério das Relações Trabalhistas e da polícia apreenderam computadores e outros equipamentos da redação da sede da revista, no norte de Quito, por supostas irregularidades trabalhistas.
Na operação, foi preso um assessor legal do veículo por considerar a ação uma repressão à posição defendida pela revista, de crítica ao governo de Correa.
Essa foi a terceira vez que a Vanguardia perde seus computadores. A primeira, de acordo a revista, ocorreu durante um suposto assalto e, a segunda, devido ao descumprimento de um contrato de aluguel que a revista mantinha com o Estado.