Elas são mães, casadas ou noivas e sustentam a família com o dinheiro dos programas. Elas ganham bem, recebem de R$ 8 mil a R$ 12 mil mensais. Estudam, fazem faculdade e todas têm planos para tentar melhorar de vida.
Bruna*, de 29 anos, não tinha intenção em ser garota de programa. Sua relação com a prostituição aconteceu por uma “fatalidade da vida”. Aos 14 anos, ela engravidou do ex-marido e teve uma surpresa.
— Quando fomos morar juntos eu descobri que ele era dono de um prostíbulo. Ou seja, ao mesmo tempo que era mulher dele acabava trabalhando como prostituta para ajudar na renda familiar. Muita gente sequer desconfiava que eu era menor de idade, porque não tinha corpo de menina.
Com o dinheiro ganho nos programas, Bruna adquiriu independência financeira e aprendeu a administrar a própria vida. Aos poucos, ela conseguiu realizar um sonho.
— Sempre quis ser psicóloga. Decidi entrar na faculdade e paguei todo o curso com o dinheiro dos programas. Foi uma batalha dura, mas consegui me formar. Na sala, apenas as pessoas mais próximas sabiam da minha situação. (Gustavo Frasão, do R7)