Salvador – Os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) decidiram pela manutenção da greve que dura quase dois meses. A decisão saiu depois de uma assembleia na Faculdade de Arquitetura, em Salvador, e contou com a presença de cerca de 190 pessoas, segundo o sindicato APUB.
Segundo informações da TV Bahia e do portal G1, a nova proposta apresentada pelo Ministério da Educação mantém perdas salariais tendo em vista a perspectiva de inflação feita pelo próprio governo.
O professor Miguel Accioly, que integra o comando de greve no estado, declarou que a proposta do governo federal não fornece aumento porque sofre perdas com a inflação.
”Além disso, não foi apresentado nada em relação à estrutura da carreira, que não é somente o salário. Tmos que ter critérios para a progressão. Não temos garantia. Não temos recomposição salarial. Se a inflação for mantida como prevê o governo, teremos perda; se for maior, não poderemos mais negociar, porque o acordo já vai ter sido fechado”, argumenta o grevista da APUB.
Pela nova proposta, o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% concedidos pelo governo numa medida provisória. O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.