A mãe do empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39, afirmou na manhã desta sexta-feira, durante o enterro do filho, que as 50 g de maconha que PMs disseram ter encontrado em seu carro foram “plantadas”.
O empresário foi morto na noite de ontem (19) após supostamente fugir de uma abordagem policial na zona oeste de São Paulo. Ele foi perseguido pela PM e morto com dois tiros do lado esquerdo da cabeça.
“Você sabe que é plantada. Um cara que é mergulhador, que faz tudo que ele faz, não tem nada disso”, disse Carmen Aquino ao “SPTV”, da TV Globo, ao ser questionada sobre a droga. A Polícia Civil ainda investiga o caso.
Os três PMs envolvidos na ação foram presos e encaminhados para o 14º DP (Pinheiros), onde caso foi registrado. Após serem ouvidos eles foram transferidos para o Presídio Romão Gomes (na zona norte). A assessoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o Estado vai indenizar a família do empresário.
Ontem, após um tenente da PM pedir desculpas à família do empresário em sua casa, o comandante-geral interino da corporação, coronel Hudson Camilli, disse que a ação foi tecnicamente correta.
Procurada pela reportagem, a PM informou que “a Polícia Civil, com apoio da Corregedoria PM, irá investigar o caso. Qualquer afirmação sobre esse caso é prematura, necessita de maior apurações.”
Perseguição – Ao menos sete tiros foram disparados pelos policiais –todos de curta distância, conforme análise preliminar da perícia. Os PMs disseram ter confundido o telefone celular de Aquino com uma arma.
O empresário voltava em seu Ford Fiesta da casa de um amigo, em Alphaville (Barueri, na Grande São Paulo), quando, afirma a polícia, ignorou ordem de parar feita por PMs próximo à rua Natingui, na Vila Madalena (zona oeste). (Folha)