No meio político, há quem considere prejudicial a César Borges mais essa onda de aproximação com o governo Jaques Wagner, que já ocorreu sem sucesso em duas oportunidades anteriores, inclusive com a perspectiva de que ele fosse candidato à reeleição ao Senado na chapa de Wagner em 2010.
Na época, a pressão pela aliança veio de cima, especificamente do presidente Lula, interessado a agregar o máximo reforço à sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff. Wagner engoliu, mas a resistência nas bases do PT foi tanta que o próprio Borges desistiu da empreitada, formando a chapa com Geddel Vieira Lima, do PMDB.
A leitura que se faz das movimentação atuais é que Borges, ex-governador e ex-senador, “se apequena” nesses entendimentos, especialmente porque o cargo que ocuparia “é mais uma vice-presidência inútil para a Bahia”, como a que exerce o próprio Geddel na CEF.
Um observador, que revela “simpatia” pelo político, chegou a proclamar: “César é um símbolo do antigo carlismo. Se aceitar, vai para a vala comum em que o PT quer juntar os adversários e ainda vai dividir sua turma na Bahia”. Depois, resigna-se: “Mas o que fazer, se esse for o seu destino?” (Por Escrito)