Salvador – O taxista Wellington José Santana Barbosa, o “Tom”, 35 anos, acusado de integrar uma quadrilha que obtinha dados de clientes de instituições financeiras de forma fraudulenta, e clonava cartões de crédito e débito, foi preso, em sua residência, no Nordeste de Amaralina, por uma equipe de investigadores da 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas).
No imóvel, os investigadores apreenderam, além de um “chupa cabra” – equipamento usado para copiar informações bancárias de clientes, diversos cartões de crédito e débito em nome de Wellington e de terceiros. Havia ainda na casa um notebook, uma impressora, e um equipamento que filmava a senha do correntista, quando digitada no caixa eletrônico. Segundo a titular da 6ª DT, delegada Maria Dail Sá Barreto, o grupo agia em vários bairros de Salvador.
De posse das informações bancárias, os criminosos confeccionavam outros cartões em nome dos integrantes do bando, com os quais faziam saques e compras em estabelecimentos comerciais. Wellington declarou na delegacia que apenas guardava os equipamentos utilizados nas fraudes para dois homens de prenomes Guilherme e Antônio, naturais de Fortaleza (CE), recebendo pela função R$ 1 mil por semana. “Com esse dinheiro, ele conseguiu comprar um veículo Corsa Sedan, ano 2011, e uma motocicleta”, disse a delegada.
Conta de luz – Os policiais chegaram até Wellington após uma vítima ter registrado queixa na 6ª DT referente a cobranças, não reconhecidas, de contas de consumo de água e energia elétrica, no valor de R$ 200,00, indicadas em sua fatura de cartão de crédito. Os policiais rastrearam as duas contas e, 15 dias depois da denúncia, chegaram ao endereço do taxista, autuado por estelionato e falsidade ideológica.
“Tom” declarou em depoimento que, no domingo (22), conduziu Guilherme e Antônio ao aeroporto internacional de Salvador, tendo a dupla embarcado em um voo para Fortaleza. Disse ainda ter conhecido os comparsas durante o Carnaval de 2011, e que nas várias vindas a Salvador, Guilherme e Antônio requisitavam seus serviços de taxista. “Eles estabeleceram um vínculo de amizade até que os cearenses o chamaram para participar da fraude”, afirmou a delegada Maria Dail.
A Polícia Civil do Ceará será informada pela titular da 6ª DT/Brotas sobre os crimes praticados na Bahia pelos cúmplices de Wellington. A delegada vai solicitar apoio para localizá-los. A participação de outras pessoas nos golpes contra correntistas bancários será investigada. Wellington José Santana Barbosa ficará custodiado na carceragem da 1ª (DT), nos Barris, à disposição da Justiça.