Ilimar Franco
Nem a Espanha nem a YPF são as únicas vítimas da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O Brasil e empresas aqui instaladas também são. Máquinas agrícolas, calçados, móveis e carne suína produzidos no Brasil, e exportados para a Argentina, estão há cerca de um ano bloqueados na aduana do “país irmão”.
O governo Dilma e o Ministério das Relações Exteriores têm tido uma postura blasé, diante de uma pressão que está gerando desemprego e pode fechar fábricas no Brasil.
A Petrobras está sendo pressionada a investir na Argentina. As empresas de máquinas agrícolas John Deere (RS), AGCO do Brasil (RS) e Case-New Holland (PR) também. Colheitadeiras e tratores destas empresas estão retidos na aduana argentina.
Para liberá-las, segundo o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), o governo Kirchner exigiu que elas se instalem na Argentina. A John Deere está investindo US$ 130 milhões numa fábrica em Rosário. A AGCO US$ 150 milhões em Buenos Aires. A Case US$ 150 milhões em Córdoba.
Como não há mercado para tantas fábricas no Mercosul, Kirchner está sugando indústrias e empregos do Brasil. (O Globo)