Da Redação do
Jornal da Mídia
A Agência de Regulação da Bahia (Agerba) precisa interceder e tentar resolver, com a urgência que o caso merece, os problemas envolvendo a concessionária paulista TWB e seus funcionários. Do contrário, vai chegar o momento em que uma greve dos trabalhadores pode ser desencadeada e aí logo vão culpar os empregados, já que todos consideram a essencialidade do sistema ferryboat.
Hoje, funcionários da TWB entraram em contato com o Jornal da Mídia para mais uma vez reclamar do tratamento nada digno que recebem da direção da companhia paulista das três letrinhas.
“Atrasam salários e sequer cumprem um acordo coletivo de trabalho assinado em outubro de 2010. O de 2011 ainda não foi fechado. A TWB garantiu que iria pagar o retroativo do reajuste salarial com tíquetes alimentação em três parcelas. Pagou a primeira em janeiro, em fevereiro pagou a metade a nada em março. Uma vergonha para uma empresa que diz ter tanto prestígio no governo”, contou o servidor da TWB.
Deve ser irregular o pagamento de salário ou diferença salarial com tíquete alimentação. Será que o Ministério Público tem conhecimento dessa prática? E a Delegacia do Trabalho? E a Receita Federal?
Segundo esse funcionário, os marítimos foram procurar um gerente da TWB de nome João Nunes, que foi curto e grosso:
“Não adianta reclamar. A TWB não tem dinheiro para pagar a vocês. É melhor cobrar da Agerba. A culpa toda é do governo que não liberou o aumento de tarifa”, disse João.
Com base na resposta nada amigável da TWB, os empregados da empresa estão se mobilizando. Falam mais uma vez na possibilidade de deflagrarem uma greve para chamar a atenção.
“Não é possível que uma empresa que fatura mais de R$ 70 milhões por ano esteja nessa dificuldade. Ganharam muito dinheiro no Verão, encheram os cofres, mas tratam os funcionários baianos como cachorros. Não têm o menor respeito. O que o governo já deu dinheiro a essa empresa não se tem conta. Mas ela quer arrancar mais e fala em aumento de tarifa agora”, disse o funcionário.
No quadro funcional da TWB existem 130 marítimos e a grande maioria anda revoltada com o tratamento que recebe da concessionária.