Continua gerando os mais diversos questionamentos entre políticos a operação da Polícia Federal, sugestivamente intitulada “Detalhes”, que mobilizou 60 homens para cumprir mandados de busca e apreensão em propriedades e no gabinete do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) sob a alegação de ter sido solicitada pelo Coaf.
O ponto que os colegas de Roberto Carlos mais questionavam ontem era o fato de a PF ter sido destacada para as investigações, quando não existe dinheiro federal envolvido. O outro é o fato de os mandados terem sido autorizados por um juiz de Brasília para investigar o parlamentar em Juazeiro e em Salvador.
Elementos suficientes para levar a diversas suspeitas, inclusive, a de que as justificativas apresentadas pela PF são frágeis, tudo pode não ter passado de uma operação despiste ou mesmo de alguma estratégia de intimidação. (Raio Laser/ Tribuna da Bahia)
Segundo a Polícia Federal, oito assessores parlamentares do deputado não desempenhavam as funções e repassavam o salário, ou parte, para o deputado, a mulher dele e um filho. Em troca, receberiam favores eleitorais do deputado. Até ontem, seis assessores já haviam sido interrogados e todos confirmaram participação no esquema.
Roberto Carlos será intimado pela Justiça e deve ser indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.. A mulher e o filho deverão igualmente ser acionados pela Justiça. Nenhum envolvido teve o nome divulgado. De acordo com o site da Assembleia, os filhos do deputado são: Randerson, Renata Ingrid e Roberto Carlos Júnior, Rafael e Raquel.