CLÁUDIO HUMBERTO
O advogado-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, afirmou nesta quinta-feira (29) que não colocará seu cargo a disposição. Segundo ele, a Operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF) não o ameaça, mas admite que o caso “afetou a credibilidade” da AGU.
“Não vou colocar o cargo à disposição porque não tenho nenhuma responsabilidade com relação à decisão [de assinar relatórios que favoreciam grupos investigados pela PF], até porque, em seu mérito, ela não estava errada”, disse Adams. “Minha preocupação hoje não é com credibilidade pessoal, mas com a credibilidade da instituição, que tem de continuar funcionando, que tem papel fundamental. É uma situação difícil”, concluiu.
Entre os investigados pela PF está o braço direito de Adams, o advogado-geral adjunto da AGU José Weber de Holanda, que foi exonerado do cargo após a revelação do esquema. (Coluna de Cláudio Humberto)