CLÁUDIO HUMBERTO
Condenado no mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, está no Rio e entregará os passaportes brasileiro e italiano no início da semana, mas vai contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal, um “precedente gravíssimo de exceção”, segundo o advogado dele. Para Marthius Sávio Lobato, é “inédita, antes da sentença transitada em julgado”, a decisão de recolher os passaportes dos réus, além de “afrontar a soberania”. Henrique Pizzolato tem dupla cidadania.
Diplomacia – A questão levantada nesta coluna na quinta (9) foi confirmada pelo Itamaraty: cidadão com dupla cidadania não pode ter passaporte retido.
Restrição – O ministro Joaquim Barbosa determinou a inclusão dos 25 réus na lista de “procurados” da PF, diante da “possibilidade de fuga” deles.
Sem fuga – Marthius Sávio Lobato critica a “decisão monocrática”, sem aval pleno do STF, e garante: seu cliente Pizzolato não vai fugir.
Sem atraso – O advogado de Pizzolato não descarta acionar canais diplomáticos, após análise da intimação, mas jura que não quer atrasar o julgamento. (Coluna de Cláudio Humberto)