A sessão desta quarta, marca a estreia do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos na leitura da defesa de seu cliente. No primeiro dia de julgamento, Thomaz Bastos pediu a palavra para pedir a divisão do processo, mas não chegou a entrar no mérito da acusação. Sobre seu cliente, Thomaz Bastos deve afirmar que ele não teve participação em aprovação dos empréstimos da remessa de dinheiro para o exterior.
Salgado e outros dois réus a serem defendidos nesta quarta são ligados ao Banco Rural, apontado pela acusação como responsável por fazer empréstimos irregulares ao PT e às empresas de Marcos Valério. As operações seriam fachada para disfarçar desvio de dinheiro público para o esquema de compra de apoio político no Congresso. A defesa de Vinícius Samarane, ex-diretor do banco e atual vice-presidente, e Ayanna Tenório, ex-vice-presidente, também devem sustentar que seus clientes não participaram das negociações de empréstimos ou seguiram orientações de superiores.
O último réu previsto é o ex-ministro de Comunicação Luiz Gushiken. De acordo com a acusação, ele teria autorizado um ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, a adiantar pagamentos da Visanet (fundo privado do qual o Banco do Brasil) para uma das empresas de Marcos Valério. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no entanto, pediu sua absolvição por não haver elementos ou indícios que justificassem a condenação. (Estadão)