Redação do
Jornal da Mídia
O fornecedor de peças da concessionária paulista TWB (ou é do Estado?) deve estar rindo à toa. O navio “Anna Nery”, considerado o ”mais novo” da frota do sistema ferryboat, está encostado no Terminal de Bom Despacho.
Quebrou de novo.
Agora o problema é no eixo do sistema de propulsão, que estava todo empenado.
A peça está sendo trocada nesta manhã de terça-feira (17). Custa uma boa grana.
Não se sabe como uma embarcação tão ”moderna”, construída com tecnologia de primeiro mundo (segundo a TWB, da Austrália) e com apenas um ano em operação, quebra tanto.
É possível que seja por falta de manutenção adequada. A paulista TWB não gosta de gastar com os navios, principalmente porque nenhum pertence à concessionária. São do patrimônio público. A TWB apenas opera e fatura a sua boa grana: cerca de R$ 70 milhões/ano e lucro líquido de R$ 25 milhões.
Mas é provável, também, que o “Anna Nery” não seja tão novinho assim como se disse na época em que entrou em tráfego, em janeiro de 2011.
Há quem aposte que a embarcação foi recauchutada pela TWB, que recebeu do governo da Bahia, como ”contrapartida contratual”, a bagatela de R$ 9,2 milhões. Dinheiro do cidadão no bolso de uma empresa privada!
Tudo é possível, sim, em se tratando da ligação pra lá de perigosa envolvendo a TWB e setoress do governo.
PS: Normalmente para a troca de um eixo de uma embarcação do porte de um ferryboat, a operação ocorre com o navio docado em dique seco. Mas a TWB está usando mergulhadores para economizar. Depois quebra de novo, sem problema. Pelo menos desta vez não encalhou o navio no manguezal da baía de Aratu, o estaleiro preferido da concessionária. Lá tudo é 0800.