O ex-governador da Bahia e ex-ministro Jáques Wagner não quer ser julgado pelo juiz da Lava-Jato no Paraná, Sérgio Moro. A defesa de Wagner pediu que uma investigação contra o petista, remetida à 13a Vara Federal de Curitiba, seja redirecionada à Justiça Federal da Bahia.
O argumento é o de que o caso ”não tem relação com a Operação”, portanto, ”não deveria ser investigado no âmbito da Operação”. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido que Wagner fosse investigado com base em um diálogo entre ele o presidente afastado da OAS, Léo Pinheiro. O telefone celular do executivo foi apreendido em uma busca e apreensão da PF.
”Após o STF mandar Jaques Wagner para a vara do juiz Sérgio Moro, já tem baiano sugerindo que o ex-ministro se mude logo para Curitiba”. Coluna de Cláudio Humberto.
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Em Curitiba chegaram duas apurações envolvendo Jaques Wagner. Uma delas surgiu de depoimento do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que em delação premiada, apontou recebimento de propina na Petrobras junto com o ex-presidente da companhia José Sérgio Gabrielli. A outra investigação está sob sigilo.
A afirmação de Cerveró sobre Wagner e Gabrielli faz parte de um documento em que Cerveró elencou fatos que pretendia revelar antes de fechar o acordo de delação premiada. No documento, Cerveró diz que “na campanha para o governo da Bahia, em 2006, houve um grande aporte de recursos da Petrobras, dirigida por Sérgio Gabrielli, para o candidato do PT, Jaques Wagner”.