Não durou muito a “abstinência” dos famigerados disque-sexo nas TVs aberta e fechada. Depois de uma breve temporada fora do ar, até por pressão de entidades de defesa do consumidor e de várias campanhas contra a baixaria na TV, o caça-níquel pornô está de volta com o programa (sic) “Babe Station”.
São cinco horas diárias de peladas rebolativas no canal Terra Viva (fechado, pertence à Band) e três horas na Mix TV, canal UHF de propriedade de João Carlos Di Gênio, do educativo grupo Objetivo.
O Babe Station não é nada modesto em termos de cobrança. Se o incauto telespectador fizer a bobagem de telefonar para o número que aparece na tela descobrirá na próxima conta que o serviço (sic) custa “apenas” R$ 4,00 por minuto. Para visitar o site, abarrotado de garotas nuas ou seminuas diante de webcams ao vivo, há uma fabulosa promoção (sic) que custa R$ 5 por cinco minutos. “Sem compromisso”; “100% seguro”; “discreto”, propagandeia o site.
E DEPOIS FALAM DAS PANICATS
O Babe Station tem uma apresentadora “desinibida”, que fica exibindo outras mulheres e alardeando-as como se fossem um produto de supermercado. “Veja que bumbum durinho!”; “Olha que espetáculo essa morena!”; “Ligue agora”; “Faça parte do Babe Station, seja você também uma Babe”. Enquanto isso, mulheres se exibem e oferecem a si próprias. Parece rodízio de carne. Algumas, nitidamente de segunda e terceira.
FIM DO MUNDO
Embora não seja proibido, e longe de fazer qualquer crítica ao comportamento sexual alheio, o “Babe Station” é deprimente. Certamente o produto (sic) mais constrangedor da TV brasileira na atualidade. (Coluna de Ricardo Feltrin/Folha Online)