Foi unânime entre os membros do Diretório Nacional do PT a defesa do ex-presidente Lula no escândalo da Operação Porto Seguro e sua relação com a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República, em São Paulo, Rosemary Noronha.
Para os petistas, é preciso preservar seu maior líder no que chamam de tentativa da aposição de desgastar a imagem do PT. A estratégia é apoiar publicamente a investigação e manter distância entre Rose, chamada de “petequeira” ou pessoa de “função secundária”, e seu padrinho político.
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— O Lula e a Operação Porto Seguro foram discutidos dentro do contexto da criminalização e da busca do desgaste da imagem do PT — disse o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont.
Os petistas tomaram do ex-deputado Roberto Jefferson o termo “petequeiro”, usado por ele ao falar sobre o ex-dirigente dos Correios Maurício Marinho, flagrado embolsando um pacote com cerca de R$ 3mil, no grampo que originou o escândalo do mensalão. Na gíria, “petequeiro” é quem se vende por pequenos valores.
— Houve uma posição quase unânime de defender o presidente Lula contra o uso político do caso pela oposição. Temos que preservar nossa principal liderança — disse o ex-deputado Jorge Bittar (RJ).
Para o secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas, Rosemary tem papel secundário no caso:
— Nenhum homem público é responsável pelo que faz o seu assessor no exercício do mandato. Muito menos um ex-assessor. Por isso, não vamos comentar esse tipo procedimento. Está muito nítido que Rosemary tem papel absolutamente secundário. (O Globo)