ILIMAR FRANCO
O clima no Planalto é de forte apreensão com os desdobramentos da Operação Porto Seguro. As atividades da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, não são conhecidas. Além disso, ela é considerada uma “despreparada” e não se sabe o que fará se for muito pressionada. A tendência no governo ontem era impedir sua convocação para depor no Congresso.
Rose, a desafeta de Dona Marisa – Os funcionários do Planalto descrevem Rosemary Noronha como “arrogante’ e que usava bordão de madame em reuniões com servidores para preparar idas da presidente Dilma a São Paulo: “aqui, tudo é chique”. Para tentar agradar a equipe da presidente Dilma, ela organizava ida às compras em shoppings e na rua 25 de março.
Na posse da atual presidente, ela provocou um incidente ao tentar separar os ministros nomeados dos que estavam de partida. A ex-primeira-dama Marisa Letícia não a tolerava. Por isso, quando a lista da comitiva das viagens do ex-presidente Lula passou para as suas mãos, Rose nunca mais subiu a bordo do AeroLula.
O mensageiro – O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) recebeu a tarefa de informar o ex-presidente Lula sobre a decisão da presidente Dilma, de demitir Rosemary do gabinete de São Paulo. Carvalho não simpatizava com a ex-poderosa assessora. (Panorama Político, em O Globo)