O Carnaval, além de ser uma grande festa, é um grande negócio para o comércio varejista, e os supermercados são locais que devem concentrar a maior parte das compras ligadas aos festejos. De acordo com pesquisa do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 66% dos consumidores vão comprar nesses estabelecimentos. E no kit do folião de rua ou daquele que vai curtir em casa não falta cerveja, energético, suco, água, comidinhas para petiscar, carne para churrasco, caixa térmica para manter a bebida gelada e filtro solar.
A rede supermercadista GBarbosa, por exemplo, prevê crescer 12% na venda de bebidas. Tanto que, para oferecer maior comodidade aos clientes, a rede instalou uma Central de Bebidas na loja Eletroshow no bairro do Politeama, próximo ao circuito do Campo Grande, em Salvador, que funcionará até Quarta de Cinzas, comercializando os principais itens. “Os mais consumidos são cerveja, whisky, vodca e energético. Estimamos crescer mais de 100% na venda de energéticos, principalmente, em lata, pela comodidade de consumo. Na linha de hidratação, diversos sucos, chás gelados e água mineral, que deve crescer 50% até o final do Carnaval”, informa Vanessa Morgan, gerente comercial do GBarbosa.
Outros produtos, como salgadinhos, pratos congelados, pães para lanches, também devem entrar no carrinho de quem está se preparando para a folia. Afinal, dá para fazer economia e levar para a rua seus próprios lanches e bebidas, tendo como aliados as caixas térmicas (com capacidade de 20 a 65 litros) e de isopor (de 5 a 90 litros). Uma caixa térmica de 34L comporta em torno de 48 latas, mantém a temperatura por 24h e custa apenas R$ 59,90. Há também opção de porta-lata e garrafa para conservar a bebida unitária. A rede espera um aumento de vendas destes produtos entre 15% e 20% durante a sazonalidade. A rede também aposta em aumento de vendas de espumantes, cujo consumo vem crescendo nos últimos verões.
As vendas de filtro solar também ficam aquecidas durante o Verão, quando milhares de pessoas vêm para o Nordeste em busca das praias e da folia. É preciso se proteger para aguentar o calor e se bronzear com segurança. Para se ter ideia, entre os meses de outubro e novembro de 2017, a rede GBarbosa teve um aumento de 37% nas vendas de protetores e filtros solares com tendência de fechar o período com crescimento de 10%. Outros itens importantes são inseticidas e repelentes, especialmente por conta do surto de febre amarela, e devem crescer 10% em vendas.
Assaí – O atacadista Assaí aposta em uma recuperação no fôlego das vendas de bebidas entre os meses de janeiro até março. Segundo Sandro Oliveira, gerente regional do Assaí, a expectativa é de que o consumo de bebidas aumente em até 10% durante o período. “Nosso intuito é atender as demandas de todos os perfis de clientes, servindo de abastecedor de forma geral. Para impulsionar o crescimento das vendas, estamos investindo em promoções e facilidades no pagamento”, afirma Oliveira.
Dentre as bebidas com maior saída para o público baiano, o gerente aponta a cerveja e os refrigerantes. “Com certeza o aumento do consumo é estimulado também pelo calendário de festas na Bahia, como micaretas no interior, lavagens na capital e o próprio carnaval. Nesse aspecto, Salvador tem vantagem sobre as demais praças, já que a cidade recebe também um grande contingente de turistas”, salienta.
Uma pesquisa realizada pela Abras aponta que 52% dos supermercadistas espera que haja aumento de vendas neste verão (contra 31% no ano passado). Neste contexto, a cervejas, que são a preferência nacional, lideram o ranking de produtos com maior perspectiva de vendas, com aumento de vendas estimado em 12,65%. Já a Água mineral fica em 2º lugar, com 12,09%, e os refrigerantes em 3º, com 11,49% de alta nas vendas.
Um outro fator apontado pela Abras como possível estímulo para venda de bebidas, é a mudança de comportamento do consumidor durante a crise. Segundo a instituição, é notado que as pessoas diminuíram o consumo de bebidas em bares, restaurantes e ambulantes em diversas regiões do litoral e desenvolveram o hábito de comprar as bebidas em supermercados para levarem à praia em coolers.