Há dois meses, a equipe do Resgate Animal da Polônia (ARP) tem lidado com um grande problema. Um de 5,5 metros, mais exatamente: a organização recebeu vários relatos de que havia uma cobra gigantesca à solta no interior do país. A perseguição já tem tanto tempo que o animal até ganhou um apelido: Bertha. Segundo a ARP, a cobra é uma píton-indiana fêmea da espécie Python molurus molurus. O curioso é que esse tipo de animal não é nativo da Polônia, o que faz com que a organização acredite que o espécime tenha sido largado por um criador de cobras.
Isso deixou várias vidas em risco: a da cobra, que ficou longe de seu habitat, e as dos poloneses, já que, como Bertha tinha acabado de mudar de pele, provavelmente estava nervosa e agressiva.
Pele da cobra à solta (Foto: Resgate Animal da Polônia)PELE DA COBRA À SOLTA (FOTO: RESGATE ANIMAL DA POLÔNIA)
A primeira vez que o resgate ouviu falar do réptil foi no início de julho, quando receberam ligações sobre restos de pele de cobra que foram encontrados perto do rio Vistula no sul da Varsóvia. No início, estimou-se que a cobra tinha por volta de dois metros. Mas ao investigar o local, a equipe da ARP encontrou um segundo pedaço de pele de cinco metros, um indício de que Bertha podia ser bem maior do que se acreditava.
Ao longo dos últimos meses, o grupo de resgate realizou uma grande investigação para encontrar o animal. A missão conta com 80 pessoas, entre elas, especialistas em cobras, policiais e bombeiros. Segundo a imprensa polonesa, as autoridades, inclusive, estão vasculhando rios em busca da cobra.
Rastros da cobra na areia perto de rio na Varsóvia (Foto: Resgate Animal da Polônia)RASTROS DA COBRA NA AREIA PERTO DE RIO NA VARSÓVIA (FOTO: RESGATE ANIMAL DA POLÔNIA)
Até agora, no entanto, não foi possível encontrar Bertha. Em entrevista ao Live Science, o biólogo Radoslaw Ratajszczak afirmou que é possível que ela esteja longe, já que as pítons-indianas são boas e rápidas nadadoras. Ainda assim, é difícil que ela sobreviva na natureza da Polônia: a espécie não está acostumada a baixas temperaturas.
Por enquanto, a busca pelo animal mobiliza dezenas de pessoas, além da atenção de milhares de poloneses curiosos e assustados com a possibilidade de se depararem com Bertha.