CLÁUDIO HUMBERTO
Uma CPI do Senado vai investigar o intrigante relacionamento entre as poderosas empresas de plano de saúde e ANS, “agência reguladora” que muitos a confundem como uma entidade das empresas. Até agora, 27 senadores endossam a CPI, desconfiados da ANS, que autorizou reajuste de 13,5% nos planos individuais, quando a inflação anual foi 2,9%. O negócio é tão rentável que atrai gigantes mundiais do setor.
SÃO MAL-INTENCIONADOS
O aumento abusivo objetiva forçar os usuários a migrar para planos coletivos ou corporativos, cujos reajustes são feitos à revelia da ANS.
SABEM, MAS NÃO LIGAM
Dados da própria ANS mostram que as pessoas já não conseguem pagar: 2 milhões de usuários abandonaram os planos desde 2015.
FATURAM E MANDAM MUITO
O poder dos planos de saúde na ANS pode ser decorrente, segundo os senadores, do faturamento anual no Brasil: quase R$180 bilhões.
EMPRESAS NEM SE MEXEM
Será a ANS, e não os planos de saúde, que vai contestar a decisão da Justiça que limitou o reajuste em 6%, ainda assim o dobro da inflação.