CLÁUDIO HUMBERTO
Produtores receberam com entusiasmo a recomendação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, há anos reivindicada, para revogar a resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que criou um dos “cartórios” mais desavergonhados do País. Esse “cartório”, que proíbe mais de 400 produtores a vender seu etanol diretamente aos postos, promoveu concentração, enriqueceu as distribuidoras (e “parceiros” em órgãos públicos) e empobreceu o setor.
ATRAVESSADOR SE DÁ BEM
Há mais de um ano, distribuidoras pagam R$1,54 por litro de etanol e o revende aos postos até a R$3,20. E custa até R$4,10 ao consumidor.
CARTÓRIO FAZENDO ÁGUA
O “cartório” de distribuidoras faz água: em São Paulo, a Justiça Federal autorizou usina de Araçatuba a vender seu etanol aos postos da região.
LEI ENQUADRA A ANP
Projeto do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) garante ao produtor o direito de vender etanol aos postos. O objetivo é derrubar os preços.
MALUCOS NAS RUAS
Aos que pedem “intervenção militar”, vale lembrar as palavras do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, em dezembro de 2016, considerando-os apenas “malucos” e “tresloucados”.
PARECE ATÉ DE PROPÓSITO
A turma de Pedro Parente na Petrobras aumentou 40 vezes o litro do diesel tipo A, entre 8 de fevereiro e 22 de maio. Um aumento criminoso de 30,5%. E ainda se surpreendeu com a revolta dos caminhoneiros.