Mesmo após o anúncio de um acordo com o governo nessa quinta-feira (24), caminhoneiros mantêm pontos de manifestação em diversas partes do país.
Pelo acordo firmado ontem à noite entre o governo e representantes dos caminhoneiros, a paralisação seria suspensa por 15 dias.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização.
Acompanhe as últimas notícias do quinto dia de paralisação dos caminhoneiros pelo país:
A Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão hoje (25) em uma pequena alta, registrando uma subida 0,48% às 10h24 com 80.509 pontos. Os investidores acompanham as reações ao longo do dia após o anúncio de trégua por 30 dias entre o comando de greve dos caminhoneiros e o governo federal anunciado na noite de ontem.
Mesmo com a sinalização por parte dos caminhoneiros de manutenção dos protestos e bloqueios nas estradas, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (25) que o governo confia no cumprimento do acordo firmado ontem com as lideranças do movimento. “A nossa aposta é que o movimento vá sendo desmobilizado progressivamente. Não sei se terá normalidade total no final de semana. É impossível prever hoje com que tempo vamos ter plena normalidade”, disse.
“Temos certeza de que eles irão cumprir o compromisso assumido conosco”, destacou.
Ainda há manifestações em pelo menos dez pontos de quatro rodovias. Os manifestantes estão em acostamentos ou postos de gasolina e não há interrupção de tráfego, segundo a Polícia Rodoviária.
Caminhoneiros protestam na Via Dutra. Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
As reservas de querosene de aviação no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, só são suficientes para a manhã de hoje (25), segundo a concessionária Inframerica. A paralisação dos caminhoneiros, que chega ao quinto dia em todo o país, impede que o combustível chegue até o aeroporto. Dois voos precisaram ser cancelado no início desta manhã.
Avião é abastecido no aeroporto de Brasília. Foto: Rodrigo Mello Nunes/ iStock/ Direitos Reservados
A capital paulista amanheceu hoje (25) com trânsito abaixo da média, informou a Companhia de Engenharia de Tráfego. Foram registrados 28 quilômetros (Km) de congestionamento às 7h30, quando a média para dias úteis nesse horário varia de 31 a 51 Km. Com a greve dos caminhoneiros, muitos postos de combustíveis no município estão fechados e os motoristas encontram dificuldades para abastecer.
Pelo acordo firmado ontem à noite entre o governo e representantes dos caminhoneiros, a paralisação será suspensa por 15 dias. A decisão de suspender a paralisação, porém, não é unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, uma delas, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusou a proposta.
Em Brasília, durante toda a madrugada e no começo desta manhã, motoristas ainda fazem filas para abastecer seus carros nos postos que mantêm estoques de gasolina e diesel, caso do posto Shell da Quadra 307, na Asa Norte, no Plano Piloto. No local, a fila de carros para abastecer chega a entrar na área de estacionamento da quadra residencial.
Carretas e caminhões permanecem estacionadas ao logo da rodovia em rodovias no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, estado que apresenta 74 pontos de manifestação. No Distrito Federal, a PRF registra manifestação de caminhoneiros na BR-020, BR-060, BR-070 e BR-080.
Na Régis Bitencourt, em São Paulo, carretas e caminhões permanecem estacionadas ao logo da rodovia.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra nenhuma desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país, após o anúncio de um acordo com o governo nessa quinta-feira (24). Saiba mais na Agência Brasil
Caminhoneiros protestam na Rodovia Presidente Dutra (Cristina Indio do Brasil/Arquivo Agência Brasil)