Miguel Díaz-Canel foi eleito nesta quinta-feira (19) presidente de Cuba pela Assembleia Nacional do país em substituição ao general Raúl Castro, que se retira do poder após 12 anos. O novo presidente foi confirmado com 99,83% dos votos da Assembleia Nacional do Poder Popular, segundo dados divulgados pela presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Alina Balseiro.
Diante da Assembleia de Cuba (Parlamento unicameral), Díaz-Canel deixou claro que, embora Castro esteja saindo da linha de frente política, já que também não fará parte do renovado Conselho de Estado, sua opinião vai continuar tendo um enorme peso para o novo Governo.
Raúl Castro “vai liderar as decisões de maior transcendência para o presente e o futuro da nação”, afirmou Díaz-Canel, no seu primeiro discurso como governante.
O novo presidente, considerado um discípulo de Castro, dedicou uma considerável parte do seu primeiro discurso a reconhecer o legado do já ex-presidente durante seus dois mandatos.
“Com firmeza, sem apego aos cargos, com serenidade, maturidade, confiança e firmeza revolucionária, se mantém por legitimidade e mérito próprio à frente da vanguarda política”, afirmou Díaz-Canel em referência à permanência de Raúl Castro à frente do Partido Comunista de Cuba (PCC, único legal) até o próximo congresso da legenda, em 2021.
Antes, o novo presidente tinha reivindicado o papel do PCC como único partido que “não nasceu da fratura ou atomização de outros” e “digno herdeiro da confiança depositada pelo povo em seus líderes”.
Castro, segundo Díaz-Canel, “assumiu a direção de Cuba em uma difícil conjuntura econômica e social e como estadista liderou, impulsionando e estimulando profundas mudanças estruturais e conceituais” dentro do processo de atualização do modelo socialista do país.
Fonte: MSN/EFE/Redação