Com o resultado de seus extratos bancários em mãos, o presidente Michel Temer fez nos últimos dias uma análise inicial de suas contas e demonstrou a assessores e aliados preocupação com a divulgação à imprensa dos resultados por dois motivos principais: os “valores pequenos” e antigos e a exposição de despesas familiares.
Segundo o blog de Andréia Sadi, repórter política da GloboNews e TV Globo, auxiliares do presidente passaram os últimos dias levantando informações para se anteciparem a eventuais questionamentos e explicar cada gasto em débito do presidente – conforme prometido na semana passada à imprensa –, além de buscar canhotos de cheques datados, por exemplo, em 2013, de valores entre R$ 2 mil a R$ 3 mil.
A versão do Planalto é a de que o governo, se divulgar os extratos, terá como explicar os gastos de alto valor e despesas como as do escritório do presidente em São Paulo – mas admite que não tem como explicar gastos dos quais o presidente não se recorda, por se tratar de despesas feitas há mais de cinco anos.
Além disso, o presidente também teme expor seus familiares, principalmente as suas filhas. Temer ficou de conversar com elas em São Paulo.
Segundo auxiliares do presidente, Temer só vai bater o martelo sobre o assunto após conversar com o advogado Antonio Claudio Mariz, o que ainda não ocorreu, já que o advogado enfrenta problemas de saúde e não conseguiu se encontrar com o presidente na última sexta nem nesta terça-feira, dias em que Temer esteve em São Paulo.