Redação e
Agência Brasil
Policiais federais fazem hoje (23) uma operação para investigar desvio de recursos da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Os agentes cumprem quatro mandados de prisão, sendo um de prisão preventiva e três de prisão temporária. Além disso, há dez mandados de busca e apreensão.
O presidente afastado da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz, foi preso e está a caminho da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele foi preso pela força-tarefa da Operação Calicute na casa de seu pai, no Leblon. Dalí, os policiais o levaram para seu próprio apartamento, no mesmo bairro, e ficaram por lá por volta de duas horas, de onde saiu por volta de 8h50.
A operação, chamada Jabuti, é um desdobramento da Operação Calicute, que investiga esquemas de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que está preso em Curitiba.
Além dos desvios de recursos, a Polícia Federal investiga crimes de lavagem de dinheiro e de pagamento de cerca de R$ 180 milhões em honorários advocatícios com recursos da Fecomércio.
Segundo as investigações da PF, pessoas ligadas à Fecomércio-RJ estariam envolvidas em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia. Entre os escritórios beneficiados está o de Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral.
Também foi apurado que diversas pessoas receberam, por anos, salários da entidade, embora nunca tenham trabalhado na Fecomércio. “Algumas dessas pessoas, na verdade, trabalhavam para o ex-governador preso, e outras são familiares próximos de outros membros da organização criminosa”, diz a nota da PF.