Aécio alegou que a decisão foi tomada para que Tasso fique nas mesmas condições que o outro candidato do partido, o governador de Goiás, Marconi Perillo. O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB, irá assumir o comando do partido interinamente.
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Aécio reassumiu a presidência, mas apenas para indicar Goldman para o cargo. O tucano mineiro foi afastado do cargo em maio, após a divulgação de gravações feitas pelo dono da JBS em que ele aparece pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, com a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Lava-Jato. Aécio é alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). No mês passado, o Senado derubou a decisão do STF de afastá-lo do mandato.
Em carta endereçada a Tasso, o senador diz que o objetivo da medida foi “garantir a desejável isonomia entre os postulantes” e “conduzir com imparcialidade a eleição” do partido. No texto, Aécio também agradece o senador por ter aceito ser presidente interino e deseja “sorte em seus futuros projetos”.
Goldman foi convocado às pressas e embarcou nesta tarde de São Paulo para Brasília para uma reunião no partido. Até que seja informado de qual será o seu papel na tentativa de solucionar a crise tucana, o ex-governador de São Paulo tem evitado dar declarações sobre a destituição de Tasso.