O PSDB, o DEM e o PPS se reunirão neste domingo (21), em Brasília, para discutir a saída das siglas do governo. Hoje, a tese majoritária é a do desembarque. As lideranças querem tirar uma posição conjunta e que deixe clara a prioridade a ser adotada a partir de uma eventual renúncia de Michel Temer (PMDB): a de “manter o projeto” – o que, na prática, significa a aprovação das reformas e a preservação da política econômica.
Para um líder tucano, o discurso do presidente neste sábado não alterou em nada a situação, que o partido considera “crítica”. O PSDB não pretende abraçar a bandeira da eleição direta no caso da queda do peemedebista. “A saída será pela Constituição”, afirma o dirigente. A Constituição prevê que o sucessor de Temer seja definido pelo Congresso, após convocação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiria o cargo interinamente e teria 30 dias para convocar a eleição.
Os três partidos – que, juntos, reúnem 85 dos 513 deputados da Câmara – se tornaram parte da base governista com a ascensão de Temer ao poder. Nas eleições de 2014, eram as três principais legendas da coligação que levou Aécio Neves (PSDB) ao segundo turno, quando foi derrotado por Dilma Rousseff (PT).
Se a debandada se confirmar, será mais um baque para Temer desde que seu nome foi lançado ao epicentro do escândalo tornado público com as delações do empresário Joesley Batista e outros executivos da J&F, holding que controla o grupo JBS.