Entidades do Ministério Público, do Judiciário e da sociedade civil enviaram um apelo para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, requeira o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Congresso, réu por peculato . Em carta encaminhada neste sábado (3), as organizações argumentam que Renan não pode permanecer na função por ”pretender comandar produção legislativa em benefício próprio, visando a autoblindagem”.
O documento menciona a manobra do peemedebista para votar em regime de urgência na quarta-feira (30) o projeto de lei que prevê punição a juízes e investigadores. E lembra a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar o deputado agora cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara, em maio.
Em 2015, Janot solicitou a medida por entender que Cunha usava o cargo para obstruir investigações contra ele tocadas pela Operação Lava Jato.
Na-sexta-feira (2), o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, também foi a público cobrar que Renan deixe a presidência do Senado.
O intuito do presidente do Senado, ora acusado de peculato, é evidente, atrapalhar as investigações, constranger membros do Ministério Público e da magistratura", afirmam as entidades. Faltam a Renan ”legitimidade moral e política bem como probidade para a condução dos destinos do Poder Legislativo pátrio.”