As 25 obras de empresas brasileiras no exterior com repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspensos dificilmente serão concluídas sem os recursos do banco, segundo informa nesta terça-feira (18) o Portal G1, em reportagem de Marina Gazzoni. Segundo eles, é impossível encontrar no mercado financeiro crédito nas mesmas condições oferecidas pelo BNDES, especialmente para empresas investigadas na operação Lava Jato.
Desde maio, o BNDES interrompeu o envio de recursos para projetos de Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez em nove países. (Veja ao fim da reportagem a lista de obras impactadas). Dos US$ 7 bilhões liberados, US$ 2,3 bilhões já foram desembolsados e falta repassar US$ 4,7 bilhões às empresas. O BNDES informou que vai avaliar os projetos caso a caso para verificar se retomará os repasses ou não.
Questionado se as construtoras poderão executar as obras sem o crédito do BNDES, o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, foi categórico. “A resposta é simples: ‘não’. É claro que (os projetos) não vão sair”, afirmou. Tadini lembra que, tradicionalmente, entre 70% e 75% do investimento necessário em infraestrutura vem de financiamento. Segundo ele, o financiamento do BNDES é “uma grande parte” desse montante. No máximo 30% dos recursos para uma obra vêm de capital próprio das empresas. (Portal G1)