REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
O ex-ministro de Dilma e ex-governador Jaques Wagner não ficou muito satisfeito com o “emprego” que o governador Rui Costa anunciou ontem para ele: comandante maior da Fundação Luís Eduardo Magalhães.
Fala-se que Wagner esperava uma coisa melhor daquele que poucos conheciam, mas que ele transformou em seu sucessor no Governo da Bahia. Uma ingratidão, em suma.
Além de não se encaixar no seu perfil (de Wagner) de “executivo tocador de obras”, a Fundação Luís Eduardo Magalhães é hoje um órgão esvaziado, sem impacto, do terceiro escalão e que atua basicamente na capacitação de pessoas do serviço público.
Wagner esperava um cargo no primeiro escalão no governo de Rui. Tipo uma Secretaria de Infraestrutura, onde poderia dedicar-se 24 horas a projetos estruturantes como a ponte Salvador-Ilha de Itaparica, que ele prometeu que seria inaugurada em 2013, parte do Metrô de Salvador, rodovias, corredores de tráfego, concessões, compra de navios para o ferryboat da Bahia na Grécia via Portugal e por aí afora.
Sede e Fome – Desempregado pelo impeachment de Dilma, comenta-se que o ex-governador da Bahia teria retornado a Salvador com “pique total”. Alguns falam até que Wagner estaria com ”sede” e ”fome de trabalho”.
Mas não deu, Wagner. Até Walter Pinheiro, o desafeto do ex-governador e do PT da Bahia, foi contemplado com um cargo melhor. Virou secretário de Educação de Rui Costa.
O Medo de Moro – Mas a calmaria da Fundação Luís Eduardo Magalhães pode ser bem mais útil para Wagner do que qualquer um imagina. Vai sobrar tempo para o ex-governador se concentrar e montar sua defesa no processo da Lava Jato, em mãos do juiz Sérgio Moro. Um verdadeiro tormento!
Leia também:
- STF envia para Moro apurações contra Wagner e Gabrielli na Lava Jato
- Wagner não quer ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, mas na Bahia.
- Negócios imobiliários de Jaques Wagner intrigam a Bahia
- Wagner compra “Sítio da Felicidade” por R$ 538 mil na Chapada Diamantina
- Mulher de Jaques Wagner tem aposentadoria concedida pelo Tribunal de Justiça
- Mulher de Jaques Wagner seria servidora fantasma, segundo o CNJ
- “Vatapá vergonhoso”, diz Cláudio Humberto sobre aposentadoria de Fátima Mendonça.
- Prometida por Wagner para 2013, ponte Salvador-Itaparica não saiu do papel.