A oferta regular de água tratada nas torneiras passará a ser, em breve, uma realidade para 34 mil moradores do semiárido baiano. Está em fase de testes neste mês de setembro a segunda etapa do Sistema de Abastecimento de Água Integrado ao Sistema Adutor do Algodão (região de Guanambi) – também conhecido como Adutora do Algodão. A obra teve recursos federais de R$ 44,2 milhões repassados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e execução do Governo do Estado da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).
O sistema garantirá água encanada para a sede do município de Caetité e para os distritos de Maniaçu, Lagoa de Dentro e Lagoa de Fora. “As ações de acesso a água tratada no semiárido do Nordeste são de grande importância para aquela população historicamente castigada por estiagens prolongadas”, frisa a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino. “Esta etapa da adutora abastecerá mais de 30 mil pessoas, garantindo segurança hídrica e possibilitando desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida dessa população”, destaca.
Na sede do município de Caetité, cerca de 10 mil casas já estão recebendo água tratada em suas torneiras, proveniente da Adutora do Algodão. A estrutura do sistema é formada por seis estações elevatórias, cinco caixas de passagens, três unidades de reservatório e cerca de 90,5 quilômetros de tubulação, entre adutoras e redes de distribuição.
O gerente regional de Infraestrutura da Codevasf em Bom Jesus da Lapa e fiscal da obra, Cláudio Márcio Silva, lembra que outro grande benefício é a diminuição drástica de doenças endêmicas provocadas pelo consumo de água sem a potabilidade exigida pelos órgãos de saúde.
Reforçam a importância da conclusão da obra a escassez de chuva na região e o fato de que atualmente cerca de 70% das comunidades são abastecidas por água de poços artesianos, e 30% por caminhões-pipa.