O empreiteiro Marcelo Odebrecht informou nesta segunda-feira o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, de que desistiu de ter entre suas testemunhas de defesa a presidente afastada Dilma Rousseff. A petista testemunharia na ação penal em que Odebrecht é réu pela atuação de uma central de propina da Odebrecht, eufemisticamente nomeada pela companhia como Setor de Operações Estruturadas.
A petição assinada pelo criminalista Nabor Bulhões, responsável pela defesa do empreiteiro, ressalta que a iniciativa “se relaciona à desnecessidade desse depoimento, a esta altura, considerando o quanto já apurado na instrução processual consubstanciada na prova produzida pelo Ministério Público Federal”.
No final de junho, após ser consultada por Moro, a presidente afastada encaminhou ao magistrado um documento em que informou que enviaria o depoimento por escrito. Já condenado a 19 anos e quatro meses de prisão na Lava Jato, Marcelo Odebrecht havia arrolado como testemunhas, além de Dilma, os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci e Edinho Silva, e outras onze pessoas.