A trajetória da deputada Tia Eron (PRB-BA) se confunde com a da Igreja Universal, a ponto de aliados dizerem que não é ela, e sim o presidente de seu partido, o pastor licenciado Marcos Pereira, que definirá seu voto decisivo no Conselho de Ética da Câmara, no processo de cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). É o que informa nesta quinta-feira (9) o jornal O Globo, em reportagem de Fernanda Krakovics.
”A atuação dela sempre foi vinculada à Igreja Universal. O voto não é dela, é do Marcos Pereira. O que ele mandar, ela vai fazer. Por ela, ela não votaria a favor de Cunha, mas a informação é que o Marcos Pereira entrou nisso” — disse uma liderança política baiana.
O deputado Jorginho Mello, do PR, favorável à cassação de Cunha, foi trocado na CCJ por defensor do presidente afastado da Câmara.
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Eronildes Carvalho começou a frequentar os cultos ainda criança, acompanhando a mãe. Mais tarde, tornou-se evangelizadora da Escola Bíblica Infantil, onde passou a ser conhecida como “tia”, tratamento incorporado ao nome político.
Foi a partir do trabalho social na igreja, em bairros pobres de Salvador, que ela entrou na vida política. Tia Eron se elegeu vereadora na capital baiana pela primeira vez no ano 2000, pelo PFL. Foi reeleita três vezes, a última delas pelo PRB. Atualmente, além de deputada federal, Tia Eron cursa Direito na Faculdade Batista Brasileira. Viúva há mais de dez anos, ela tem 44 anos e dois filhos, Éden e Eva, ambos na casa dos 20 anos.