É forte a pressão de líderes oposicionistas para que o prefeito ACM Neto (DEM) assuma a linha de frente das mobilizações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Contudo, o democrata vem resistindo ao assédio e decidiu manter distância regulamentar dos protestos de rua e das articulações no Congresso. Aos aliados mais próximos, Neto argumenta que, apesar das convicções pessoais, ele possui um papel institucional a cumprir e a agenda administrativa da cidade para tocar, antes que as atenções se voltem para a campanha eleitoral.
Nas vezes em que é provocado por jornalistas a declarar publicamente sua opinião sobre o processo contra a petista, o prefeito evita manifestar juízo de valor. Diz apenas que o impedimento da presidente se tornou hipótese cada vez mais concreta e cabe aos deputados federais, senadores e lideranças políticas em Brasília encontrar com rapidez a solução para a crise.
A ofensiva para colocar ACM Neto na vitrine da movimentação pró-impeachment vem tanto da base dos partidos de oposição na Bahia quanto dos caciques nacionais do DEM, PSDB e PMDB. (Coluna Satélite/Correio)