A rotina de uma família baiana mudou por completo quando Tiago Lopes, de 11 anos, foi diagnosticado com um tipo raro de leucemia no ano passado. Segundo a oncologista, Juliana Costa, Tiago tem Leucemia Mielóide Aguda. Uma neoplasia (um câncer) dos glóbulos brancos do sangue. Por serem células defeituosas e de crescimento muito rápido e agressivo, o organismo deixa de produzir as células normais de defesa, levando a uma baixa imunidade significativa. Se não tratada, o portador dessa doença morre em menos de três meses.
Na semana passada, outro exame trouxe ainda mais apreensão: os pais e a irmão não são 100% compatíveis para o transplante de medula óssea. Agora, a criança está à espera de um doador compatível. Apesar das dificuldades, o pilar que tem sustentado a família é o próprio garoto, que enfrenta a doença com um sorriso no rosto.
O drama de Tiago começou em maio do ano passado, quando apresentou os primeiros sinais da doença, como: sensação de cansaço, fraqueza, tonturas, falta de ar e febre. Após passar mal, a família que é de Cansanção, interior da Bahia, o trouxe às pressas para Salvador, onde esse passou por uma bateria de exames que apontou alteração no hemograma. A confirmação só veio após um exame da medula óssea. “A nossa luta contra o câncer começou no dia 16 de maio de 2014, quando nos foi dado o diagnóstico de leucemia, desse dia em dia o Hospital Martagão Gesteira foi a nossa casa, foram seis meses de tratamento e Tiago respondeu bem ao tratamento e pode ir para casa”, relata a mãe do menino Adelice dos Santos.
Tiago gostou da notícia de voltar para casa e rever os amiguinhos. Mas em Março de 2015, após um exame de manutenção, os médicos descobriram que a doença havia se agravado. De acordo com Juliana, ele não respondeu bem ao tratamento de quimioterapia e a doença voltou, e sua única chance de sobreviver é o transplante.
“Como nós da família não somos compatíveis, o grupo de voluntários Seja Semente está nos ajudando com a campanha “Sou Semente”, nas redes sociais e nos meios de comunicação para conseguir achar um doador. Sabemos que é muito difícil encontrar um doador compatível com o receptor, a chance é em média, de UMA EM CEM MIL, mas temos fé de que vamos conseguir, por isso, peço que a população de Salvador e de outros estados que nos ajude, vá até o Hemoba e dê o nome do Tiago Santos Lopes, você pode salvar uma vida”, informa Adelice.