Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Antes mesmo do início da Copa do Mundo, na próxima quinta-feira (12), representantes das 31 seleções estrangeiras que virão ao Brasil para o mundial já começam a trabalhar no país. São agentes de segurança que auxiliarão policiais federais brasileiros no acompanhamento de torcedores e na identificação de eventuais criminosos que possam aproveitar o maior evento esportivo para entrar no Brasil.
Eles atuarão de forma conjunta e colaborativa no Centro de Cooperação Policial Internacional, inaugurado hoje (9), em Brasília. No local, construído na sede da Polícia Federal, 205 policiais estrangeiros e 75 brasileiros trabalharão no monitorando dos torcedores nos estádios e nos arredores das arenas. Eles terão acesso a imagens de câmeras instaladas nas 12 cidades-sede e informações do cadastro da Interpol (Polícia Internacional).
“O centro foi construído em Brasília, nas instalações da Polícia Federal, e depois ficará como legado para a Polícia Federal para as áreas de inteligência e tecnologia da informação. A Polícia Federal fez um investimento de R$ 20 milhões, que será aproveitado nas operações usuais da polícia depois da Copa”, disse o gerente para a Área de Logística do centro, o delegado Valdecy Urquiza Junior.
Além dos policiais das 31 seleções classificados para Copa, também estarão no centro representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Interpol, Ameripol e da Venezuela, Moçambique, Angola, Tanzânia, Peru e Catar. Esses países foram considerados estratégicos devido ao números de turistas que enviarão ao Brasil.
Com esse trabalho de colaboração internacional, a Argentina informou às autoridades brasileiras os nomes dos torcedores que se envolveram em episódios de violências nos estádios argentinos, como os chamados barras brabas.
“Solicitamos as litas de torcedores potencialmente violentos que poderiam causar problemas nos nossos estádios, e a Argentina respondeu encaminhando uma lista com 2,1 mil nomes de torcedores banidos de entrar em qualquer estádio naquele país. Esses nomes foram incluídos em nossos sistemas e os torcedores serão impedidos de entrar no Brasil”, disse o chefe do escritório da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Navajas.