LUÍS AUGUSTO GOMES
“Eu não sou obrigado a esperar o final da investigação”, disse o governador Jaques Wagner ao sinalizar para a demissão “voluntária” do secretário da Justiça, Diretos Humanos e Cidadania, Almiro Sena, hoje, em programa de televisão.
O secretário foi acusado de assédio sexual a servidoras da pasta, o que o governador considerou, liminarmente, muito grave, porque se trata do responsável por uma área “que tem de defender essas coisas”, isto é, proteger a sociedade contra crimes dessa natureza.
Atitude oposta à que tomou em relação ao deputado Mário Negromonte ao confirmar sua indicação ao Tribunal de Contas dos Municípios, aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa.
O parlamentar, que deixou o Ministério das Cidades sob acusações e agora se vê envolvido em denúncias que o ligam ao doleiro Alberto Youssef, seria, segundo Wagner, vítima de “linchamento”, expressão obviamente exagerada para os que apenas o queriam longe do julgamento de contas públicas enquanto durasse a dúvida.
A diferença entre Sena e Negromonte é somente uma: a sustentação partidária. O secretário é ligado – dizem que nem filiado é – ao PRB, que parece tê-lo abandonado por não interessar um choque com o governo. Negromonte é deputado e tem por trás a poderosa estrutura do PP. (Por Escrito)
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