Roma – (Agência ANSA) – O papa Francisco enviou uma carta à presidente argentina, Cristina Kirchner, que foi considerada “falsa” pelo secretário de Protocolo e Cerimônia do Vaticano, Guillermo Karcher, gerando uma enorme polêmica na Argentina. O documento, que foi divulgado ontem pelo governo argentino, enviava saudações do Papa à “Revolução de Maio”, festa político-social celebrada no próximo dia 25. A carta foi endereçada à nunciatura de Buenos Aires e continha a assinatura “cordialmente, Francisco”.
Horas após a divulgação do documento, Karcher veio a público dizer que a carta era “falsa” e que teria sido produzida “por qualquer artista que pode ter feito uma montagem”. Segundo ele, o documento era uma falsificação feita “com evidente má vontade”.
Devido à declaração do secretário, a imprensa argentina começou a noticiar que a “carta de Francisco à Presidência era falsa”, levando o governo argentino e o próprio Vaticano a se pronunciarem sobre o caso.
Em uma coletiva de imprensa, os secretários da Presidência e de Culto da Argentina, Oscar Parrilli e Guillermo Oliveri, respectivamente, tiveram de esclarecer que o documento era original e havia chegado à Argentina “seguindo o protocolo habitual”. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, também prestou esclarecimentos e garantiu que a carta é autêntica. Parte da confusão foi gerada pelo fato do próprio documento informar que havia sido “redigido em nome do Santo Padre”.