Após ter seu nome ligado ao linchamento de uma dona de casa em Guarujá, a jornalista Rachel Sheherazade, do SBT, diz que condena justiçamentos e que atribuir a ela a violência no país é “leviano”, segundo informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, neste sábado (10). A apresentadora provocou polêmica em fevereiro ao afirmar “compreender” pessoas que amarraram um assaltante em um poste no Rio -o caso está sendo apurado pelo Ministério Público Federal.
Nesta semana, pessoas usaram as redes sociais para afirmar que o comentário de Sheherazade estimulou o crime no litoral paulista. Questionada, a apresentadora enviou a seguinte mensagem, por e-mail: Adriano Vizoni – 17.dez.13/Folhapress
“O justiçamento é uma prática abominável de aplicação de penas de tortura e/ou morte, ao arrepio das leis e do Direito. Esse ato medonho sempre acompanhou a história da humanidade. Há relatos de justiçamento desde os primórdios das civilizações. Essa prática não é exclusividade do nosso tempo nem do nosso país.
Acontece que, após a repercussão do caso de menor infrator preso ao poste [no Rio de Janeiro], a imprensa passou a noticiar mais casos semelhantes. A tentativa de atribuir ao meu comentário a responsabilidade pela violência crônica e endêmica que vive nosso país é no mínimo leviana. Como jornalista cabe a mim noticiar os fatos. Como comentarista, analisá-los sob meu ponto de vista. E o meu direito a opinião é garantido pela Constituição Federal. (Mônica Bergamo, Folha de São Paulo)
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