No discurso em que fez críticas ao fisiologismo no Brasil, o pré-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos afirmou que os instititutos de pesquisa mostram que 70% já decidiram pela mudança. “Vai mudar porque o governo não cumpriu aquilo para que foi eleito. A presidenta que foi apresentada como gestora, não geriu. A presidenta que foi apresentada como faxineira, não limpou o que tinha que limpar”, disse.
Em visita a Belém (PA), Campos afirmou que a presidente Dilma Rousseff “chocou a todos no Brasil que apostaram nela nos primeiros momentos de seu governo” ao trazer para “muito próximo” dela “os mesmos que cercaram Fernando Henrique Cardoso e Lula” e que inicialmente “parecia que ela ia afastar”. Era uma referência à demissão de ministros que Dilma foi obrigada a fazer, em 2012 e 2013, na chamada “faxina ética” levada a cabo no primeiro ano de seu mandato, e ao movimento de reaproximação com alas dos partidos que haviam sido defenestrados, como PDT, PR e PMDB.
Campos criticou o “arranjo político que está em Brasília” e disse que ele tem que “ser escalado para passar um grande tempo na oposição para o Brasil melhorar”. O presidenciável afirmou que os institutos de pesquisa divergem em muitas coisas, mas coincidem no desejo de mudança da população. “Mais de 70% já decidiram: vão tirar o governo que aí está no dia 5 de outubro”, disse. (Fernando Gallo e Veríssia Nunes, Estadão)