O deputado federal Roberto Britto (PP) foi um dos políticos citados como, beneficiários pelo doleiro Alberto Yousseff, preso desde o dia 17, por suspeita de comandar um esquema de lavagem de dinheiro. Yousseff ainda é investigado por suas ligações com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, também detido pela PF.
Conforme reportagem do Estadão, o deputado com base eleitoral em Jequié teria sido agraciado com R$ 100 mil. Além dele, já tiveram nomes mencionados os deputados federal Mário Negromonte, liderança nacional do PP e vice-presidente do partido na Bahia e Luiz Argolo, ex-PP, pertencente hoje ao Solidariedade. O PP baiano foi favorecido com doações da construtora que aparece nos documentos da investigação.
De acordo com a matéria, as negociações foram flagradas pela PF com a quebra de sigilo de e-mails do doleiro. Em um dos endereços eletrônicos atribuído a Yousseff ele trata das doações com representantes das empresas Queiroz Galvão e Jaraguá Equipamentos, ambas fornecedoras da Petrobrás em empreendimentos como a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O PP nacional aparece em uma conversa entre Yousseff e Moraes em 17 de agosto de 2010 como destinatário de uma doação de R$ 500 mil que deveria se registrada em nome da Vital Engenharia, empresa que faz parte do grupo Queiroz Galvão. O diretório aparece em outra troca de e-mails entre os dois como beneficiário de R$ 2,040 milhões. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PP relata ter recebido R$ 2,240 milhões da Vital Engenharia e R$ 500 mil da Queiroz Galvão.