Atingiu pico máximo a tensão entre o Palácio de Ondina e o comando do PP. Em uma reunião ocorrida, ontem à noite, com o secretário de Relações Institucionais de Jaques Wagner (PT), Cícero Monteiro, os caciques do PP pressionaram para ficar com o comando de dois órgãos – a Companhia de Desenvolvimento Regional (CAR) e o Detran. Ambos são dirigidos, respectivamente, por Maurício Botelho e Vivaldo Mendonça, que é apadrinhado pelo deputado federal Luiz Argôlo.
Nota da coluna Satélite do Correio desta terça-feira (19) informa que no ano passado, o parlamentar deixou o PP para se filiar ao Solidariedade (SDD). Os progresssitas reivindicam, desde o fim do ano passado, a devolução dos cargos para o partido e já apresentou nomes para a vaga, mas encontrou resistência por parte de Wagner. No alto escalão, o comentário é de que o petista não vai aceitar negociar contra a parede, mesmo com a adesão do partido nas eleições à batalha pela vaga de vice de Rui Costa (PT) ainda em jogo.
No encontro, o responsável pela articulação política entre o governo e os partidos confirmou aos líderes do PP que a vaga na chapa majoritária estava praticamente garantida a um nome da sigla. O que não serviu para reduzir os termômetros dos progressistas. Os deputados federais Mário Negromonte e João Leão mantiveram na mesa de negociações o controle do Detran e a redução da influência de Argôlo na CAR, com a saída de Vivaldo Mendonça.