Preocupada com o impacto de uma eventual crise no setor elétrico em ano de eleição, a presidente Dilma Rousseff fez uma reunião ontem para elaborar uma resposta política à questão. O problema é que investimentos no setor demoram para dar resultado, logo foi pedida a formação de uma força-tarefa para definir medidas que permitam ao governo dizer que está trabalhando para aumentar a capacidade do sistema.
Na reunião, o apagão de ontem foi considerado um problema de tamanho médio, dado que o sistema para evitar um colapso na transmissão conseguiu restringir as áreas afetadas. Segundo a Folha de São Paulo apurou, o governo já vinha havia uma semana discutindo medidas para antecipar licitações de usinas e, assim, ampliar a geração de energia.
Ontem, foi definida uma operação para acelerar esses processos -como a concessão de licenças ambientais, exigência legal que tem atrasado as obras de infraestrutura em todos os setores.
Enquanto o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia falava sobre o apagão com a imprensa ontem à tarde, por exemplo, o ministro Edison Lobão já estava reunido com a colega Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para discutir o assunto.
Outra determinação do Planalto é para que o leilão da hidrelétrica de Tapajós (PA) ocorra impreterivelmente neste ano. Apesar da previsão de fazê-lo em 2014 e de o governo ter admitido a possibilidade de novos adiamentos.(Natuza Nery e Julia Borba e Dimmi Amora, da Folha de São Paulo)