Sem falar uma só palavras sobre os protestos que ocorreram no Brasil no sábado ou fazer qualquer declaração, a presidente Dilma Rousseff deixou pelas portas do fundo o hotel que se hospedava em Lisboa e embarcou na manhã de hoje para Havana. Ontem, enquanto os protestos ocorriam em várias cidades, ela jantava em um restaurante com estrela pelo Michelin, a referência da boa gastronomia no mundo.
Dilma e sua comitiva passaram o sábado em Portugal, ocupando um total de 45 quartos de dois dos hotéis mais caros de Lisboa, com um custo total de R$ 71 mil. A presidência optou por não usar o palácio do século XVII mantido pelo governo brasileiro e que serve de embaixada do País em Portugal por indicar que o local não comportaria a delegação.
A viagem estava sendo mantida em sigilo e apenas foi explicada depois que a reportagem do Estado revelou ontem com exclusividade o momento em que Dilma entrou num hotel de Lisboa. Segundo este jornal apurou, a suite que ela utilizará está tabelada com um valor de R$ 26 mil.
Hoje, às 9,35 da manhã do horário de Lisboa, o comboio que levaria a presidente do hotel ao aeroporto foi obrigado a entrar em uma garagem pública que da um acesso ao hotel. Enquanto um dos funcionários lavava carros sem saber o que ocorria, os seguranças realizavam a operação para driblar os jornalistas e impedir que a presidente tivesse contato com a imprensa que a aguardava. (Blog de Jamil Chade, no Estadao.com)
Leia também: