REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Eleito em dezembro, Carlos Falcão não poderia ter começado pior a sua gestão à frente da presidência do Vitória: entregou de bandeja Maxi Biancucchi para o rival Bahia. Enquanto durou – e durou muito pouco – a relação Maxi/Vitória dentro de campo foi a melhor possível. No rubro-negro o argentino jogou muito, fez gols, lindas jogadas, provocou o rival, honrou a camisa, encantou a torcida. Era ou é amado pelos rubro-negros. Em outras palavras: era ídolo.
Todo mundo sabia disso, menos duas pessoas: Alexi Portela Jr, – ex-presidente do clube – e o seu sucessor Carlos Falcão. Conduziram mal, muito mal todo o processo de renovação do contrato de Maxi. Ora usavam a arrogância e prepotência, ora o amadorismo e a indiferença. De uma forma ou de outra o objetivo era um só: não ficar com o atacante.
A torcida sofreu um mês inteiro com informações desencontradas. Pelo discurso de seus dirigentes, sabia que dificilmente Maxi ficaria no clube. Mas temia pelo pior: ver seu ídolo jogando com a camisa do arqui-inimigo. Nesta quinta-feira o anúncio oficial: Maxi agora é jogador do Bahia.
Que fique bem claro: Falcão e seu padrinho político (Alexi) entregaram de mão beijada Maxi ao Bahia.
Recomenda-se ao presidente do Vitória uma visitinha à página oficial do clube no Facebook. Os rubro-negros estão irados.
Diz Alicio Sier: “Pegou o Maxi em baixa, deixou em alta e entregou de bandeja ao rival. Vocês vão ter de trazer um jogador muito, mais muito melhor pra acabar com o sentimento de revolta que a torcida se encontra hoje”.
Thyago Dutra Lisboa completa: “Tudo bem manter os jogadores, renovar, isso tá aprovadíssimo, mas perder Maxi pras sardinhas e não ter zagueiro pra completar time, tá foda! Tragam jogadores de peso agora, ou vai parecer que correram atrás só quando tinham chapa contrária no inicio do ano passado”.
Mais um comentário para reflexão do presidente Carlos Falcão. Esse é de Silvio Serra de Oliveira: “As atitudes que estão sendo tomadas por essa diretoria, só me resta a não renovar o Sou Mais Vitória. A torcida vai dar a resposta não comparecendo no jogos do nordeste”.
Deu pra sentir o clima, presidente?
Claro que Falcão vai contratar. Certamente um gringo, que será apresentado com toda pompa, honra e glória. Melhor que Maxi? Pode ser que sim, pode ser que não. De qualquer forma o time está trocando o certo pelo duvidoso. Dará certo? A resposta só teremos quando a bola rolar.
Só o Bahia quis
Maxi fez um ótimo Campeonato Brasileiro pelo Vitória, chamou a atenção, ganhou espaço na mídia do país e do exterior, mas com exceção do Bahia nenhum outro clube brasileiro se interessou pela sua contratação. Estranho, não?
O empresário do jogador, Regis Marques Chedid, fez um verdadeiro leilão do atleta pelas redes sociais, mas ninguém topou negociar ou conversar.
Com receio de ficar desempregado, Maxi – constrangido e a contragosto – aceitou vestir a camisa tricolor.
Rildo X Maxi
Lembra de Rildo? Ex-Vitória, o atacante que joga na mesma posição de Maxi fez um razoável Campeonato Nacional pela Ponte Preta. Pois bem, com o fim da competição o jogador entrou na lista de possíveis reforços do Santos, Atlético-MG, Fluminense, São Paulo e Corinthians. Aí a Macaca surtou e resolveu pedir quase R$ 10 milhões para liberar o jogador.
A pergunta: quem joga mais Rildo ou Maxi? Para os grandes do Sul do País, Rildo disparado. Maxi é apenas mais uma na multidão.
Muita frescura
O vice-presidente do Bahia, Valton Pessoa, considera o argentino como uma das “cerejas do bolo”.
É muita frescura.
Conselho
Com destino já definido, Maxi deveria agora dar um tempinho e parar de bater boca com torcedor nas redes sociais. Tá ficando feio.
O mesmo conselho vale para os torcedores do Vitória. O argentino agora é página virada, é passado, e a vida segue.
Novo secretário de Wagner: sai Robinson Almeida e entra quem?
O jornalista André Curvello, ex-diretor de Marketing do Vitória, deve ser o novo secretário estadual de Comunicação do governo Wagner. Pelo menos é o que garante o jornal Tribuna da Bahia.
A nota saiu na coluna Raio Laser.
Olha só o conteúdo: “O jornalista André Curvello é o nome mais cotado para substituir o secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, nas mudanças que Jaques Wagner fará no secretariado. Querido na categoria e elogiado por onde circula, poderá dar contribuição inestimável ao final do governo Jaques Wagner (PT), quando toda gestão, normalmente, se enche de melancolia”.
O jornalismo baiano podia passar sem essa. Lamentável.
Em tempo: André Curvello é dono de uma empresa de Assessoria de Imprensa. Entre os clientes, a horrorosa Internacional Marítima, empresa do Maranhão de péssimos serviços prestados à população baiana nos últimos 10 meses.
A Internacional vai disputar a licitação aberta pelo Governo Wagner para a escolha da nova concessionária do Sistema FerryBoat. Dizem que vai ganhar com facilidade e assinar um contrato aí…de 20 anos ou mais.
E a população que se dane com esse servicinho ordinário da travessia Salvador-Bom Despacho.
Site feio
O Bahia reformulou seu site oficial. Não é possível que alguém tenha gostado. É feio, complicado, confuso, de péssimo gosto.