Após aprovar as contas do exercício financeiro de 2010 do governador Jaques Wagner (PT), a matéria que institui o Fundo Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural e a reestruturação da Coordenação de Defesa Civil (Cordec), a Assembleia Legislativa tem outros desafios até o final deste ano, mas um deles interessa de forma direta às finanças do governo.
Segundo o líder da bancada de governo na Casa, Zé Neto (PT), o objetivo agora é viabilizar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 4830/2013 que autoriza o uso de recursos dos royalties de petróleo e outros minérios para cobrir o rombo da previdência estadual, atualmente de R$ 1,6 bilhão.
“Estamos nessa perspectiva e essa foi uma sugestão da própria oposição para melhorar a sustentação do Fundo previdenciário”, disse, se referindo a indicação feita pelo vice-líder da bancada oposicionista, Carlos Gaban (DEM). Neto admitiu que o déficit previdenciário é um dos principais entraves do governo.
“Quando assumimos o governo em 2007 era de R$ 360 milhões. Já pulou para R$ 1,6 bilhão e pode chegar a R$ 2,3 bilhões em 2014. É um problema grave, sendo consequência de um grande crescimento da folha, tanto em termos de salários, quanto na evolução das carreiras de 86 categorias. Fomos o governo que mais fez concurso também. Sem contar que se ampliou muito a inflação”, justificou.(Tribuna)