Em entrevista à Tribuna, o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, desafiou os deputados da Assembleia Legislativa a convocá-lo para depor sobre a compra superfaturada de duas embarcações para o sistema ferryboat, denunciada pelo representante de três empresas gregas que participaram do processo licitatório.
“Nós estamos levando toda a documentação da licitação e dando por escrito ao Ministério Público”, afirmou Pessoa.
Os dois navios comprados pelo governo da Bahia por € 18 milhões – R$ 54,9 milhões – para integrar a frota do Sistema Ferryboat teriam valor de mercado de, no máximo, € 12 milhões – R$ 36,6 milhões, conforme a denúncia de Marcos Leonelli Espinheira, representante das empresas gregas Archangelos Michael Shiping Company, Agios Dimitrios Shipping Company e Maria – Eleni Shipping Company.
Eduardo Pessoa explicou que o valor pago não foi apenas pela compra dos barcos, mas pelos serviços que integram a adaptação às normas brasileiras, ditas pela Marinha, como “docagem dos barcos, inspeção dos navios; fornecimento de peças reservas; nacionalização do barco, com transporte para o Brasil; treinamento, durante quatro meses por tripulação grega (parte operacional e de manutenção) e seguro de toda a operação. Estamos com muita tranquilidade. Não temos nenhum receio”.