REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – Associados do Esporte Clube Vitória estão recebendo um e-mail acusando o candidato de oposição a presidente, Fabio Mota, de emperrar o projeto de construção da via expressa ligando a Avenida Paralela ao estádio Manoel Barradas, o Barradão. O “spam” (mensagem indesejada), é assinado por “Pedro Gusmão”. Na mensagem, o autor diz que Mota ”está segurando a nota de empenho da obra” no Ministério de Turismo.
Fabio Mota classificou o autor do e-mail como “um covarde, um canalha!”
Parte dos recursos (R$ 5 milhões) para o projeto da via foi liberada há quatro meses pelo Ministério de Turismo, através da Secretaria Nacional de Turismo, da qual Fábio Mota é o titular. A execução do projeto é de responsabilidade da Conder, empresa do Governo da Bahia.
Em contato com o JORNAL DA MÍDIA através de seu Twitter, Fabio Mota considerou a difusão do e-mail entre associados do Vitória uma “sacanagem”.
“Já fiz a minha parte. Disponibilizei os recursos para a via. O Ministério de Turismo não executa obras.
E completou:
“Cabe ao governo incompetente (de Wagner) executar”.
E a Lista de Sócios? – Estranho mesmo é o fato de dezenas de associados estarem recebendo o mesmo e-mail. É provável que a relação dos sócios do clube tenha sido “vazada” e utilizada com finalidade política. Aliás, a direção do Vitória ainda não atendeu à Justiça, entregando a lista de sócios com direito a voto – não a lista como a que foi publicada no site do clube, com nomes de mais de 9 mil sócios, inclusive de crianças de nove anos. Mas uma relação completa, com dados como endereço, telefone, RG, conforme estabelece a liminar concedida pela Justiça ao grupo Vitória Século 21.
Cadê a Via, Wagner? – No jogo Vitória x São Paulo, no último domingo, um grupo de torcedores portando uma faixa protestou contra a lentidão do governo em não executar o projeto da via Paralela-Barradão. “Governador da Bahia: cadê a via expressa?’. Semana passada, o secretário de Comunicação de Wagner, o engenheiro elétrico Robinson Almeida, revelou que o projeto encontra-se na Caixa Econômica em ”ánálise de viabilidade”.
Os torcedores e associados do clube temem que a burocracia e a lentidão do governo da Bahia terminem por sepultar o projeto, que é fundamental para facilitar o acesso dos torcedores ao Barradão. Há quem aponte também que da parte do governo não existe interesse em tocar a obra, como forma de pressionar a direção do Vitória a mandar jogos na Fonte Nova. O torcedor do Vitória jamais vai aceitar qualquer manobra neste sentido.
Buraco da Fonte Nova – A Fonte Nova, como é do conhecimento público, está operando no vermelho desde que foi inaugurada. O prejuízo nos quatro primeiros meses de oeração já está sendo pago pela população da Bahia. Segundo matéria do portal UOL, o projeto já acumula um déficit de R$ 4 milhões nos primeiros quatros meses. Ele foi concebido para uma média de público, por jogo, de 27 mil torcedores. E essa média, não passou de 14 mil. Quem está pagando a conta do déficit é o contribuinte, já que o contrato firmado entre o Governo da Bahia com as empreiteiras OAS-Odebrecht é bem claro.
Confira na íntegra as declarações de Fabio Mota através do Twitter:
“Um covarde, canalha, anda de forma mentirosa e leviana espalhando um e-mail falso sem assinatura dizendo que sou responsável pelo atraso da construção da Via Expressa Barradão;
1- Se existe recurso garantido para essa obra, foi porque na qualidade de Secretário Nacional, consegui viabilizar os recursos, que NÃO são de emendas de nenhum parlamentar e sim do orçamento do MTUR, pela importância desse projeto de mobilidade urbana que viabiliza o complexo esportivo que será sede de treinamento, aprovado pela FIFA, para a Copa do Mundo;
2- O contrato no.1000220-25 foi assinado com o Governo da Bahia em junho 2012, referente à primeira etapa, cabendo ao mesmo a execução da obra. Desde então está apto para que o Governo da Bahia licite e dê início à obra. Se existe atraso, cobrem da CONDER e deste Governo que aí está;
3- O MTUR não executa obras. É responsável por garantir o recurso, coisa que o fez quando garantiu o empenho financeiro da ordem de cinco milhões de reais e encaminhou para Caixa, que é contratada para fiscalizar, analisar documentação e autorizar a obra. O MTUR volta ao processo depois que a Caixa atesta as medições para assim fazer os pagamentos;
Portanto, esclareço que a construção da via depende unicamente da Conder, não havendo nenhuma pendência do MINISTÉRIO DO TURISMO.”