Tudo o que Roberto Carlos faz repercute –sendo algo bom ou ruim. Não à toa é chamado de Rei. E, desta vez, foi ruim. O cantor é um dos principais articuladores do Procure Saber, o grupo formado principalmente pelas tias velhas da nossa MPB para tentar manter o status quo da publicação de biografias não autorizadas.
Hoje é proibido pelo Código Civil, mas duas frentes –uma ação no STF e um projeto de lei em tramitação da Câmara– tentam mudar isso.
Na prática, Roberto Carlos é um dos mais ferrenhos utilizadores da proibição. Uma biografia sua (‘Roberto Carlos em Detalhes’, do jornalista Paulo César Araújo) e um livro sobre a Jovem Guarda não podem ser vendidos graças a ações perpetradas pelo Rei. Mesmo assim, ele não tinha aberto a boca até ontem para falar do assunto.
Ontem, finalmente, ele falou ao ‘Fantástico’. Disse ser favorável às biografias não autorizadas, mas foi evasivo sobre os poréns. Para ele, é necessário ‘conversar’ e ‘discutir’ para ‘chegar a um equilíbrio’. E defendeu a aplicação de regras ‘que não prejudiquem nem o biografado nem o biógrafo’.
Desde a entrevista o Rei está nos trending topics no Twitter no Brasil. Mas não saudado por mudar de ideia: a maioria das pessoas mostrou ceticismo com a posição do cantor. (Ygor Salles, blogueiro da Folha.com)
Veja algumas das manifestações: