Agência ANSA
Nova York – A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos teria espionado as conversas telefônicas de 35 líderes políticos e militares mundiais, a pedido de membros do governo norte-americano. A informação é do jornal The Guardian, que se baseou em um memorando reservado do arquivo de Edward Snowden.
O documento revela que a NSA “encorajou os funcionários de outras instituições, como a Casa Branca, o Departamento de Estado e o Pentágono, a passar as linhas telefônicas que deveriam ser interceptadas”. Um funcionário teria relacionado 200 números, incluindo os dos 35 líderes mundiais, que começaram a ser monitorados pela agência.
Segundo o periódico britânico, o memorando sugere que esse tipo de vigilância não é algo isolado, mas sim uma rotina para a NSA. Contudo, o documento não menciona os nomes das pessoas espionadas.
Resposta – Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, compreende as preocupações sobre os casos de espionagem e iniciou uma revisão do sistema de recolhimento de dados por parte da área de inteligência do governo. “É do nosso interesse manter com os nossos parceiros os laços mais estreitos possíveis”, afirmou Carney.
O porta-voz falou que a Presidência não pretende responder a nenhuma acusação em específico, mas fez questão de salientar que Obama não espionou e nem vai espionar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
A crise diplomática ainda ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24), após a ex-secretária de Estado no mandato de Bill Clinton, Madeleine Albright, acusar a França de grampear seus telefonemas durante os anos em que era embaixadora nas Nações Unidas (1993-1997).
No entanto, ela minimizou as preocupações dos países europeus com as interceptações feitas por Washington. “Não é uma surpresa. Todos espionam todos. Eu lembro bem que, quando estava na ONU, o embaixador francês veio me cobrar sobre algo que eu tinha dito em um telefonema”, disse. (Ansa Brasil)